Sim, eu amo. Eu te amo.
Amo tanto que por vezes me sinto estranho, perguntando a mim mesmo se isso que eu sinto é amor, me perguntando afinal que louca sensação é essa.
Sinto algo, como se fosse uma coisinha invisível, uma proteção, uma linha mágica que está sempre comigo, me circulando da hora que eu acordo até a chegada da noite, quando por fim descanso.
Descanso de te amar tanto, para que no dia seguinte eu acorde revigorado, para amar-te mais.
E então quando te vejo é que tudo muda, e essa coisa invisível e surreal toma forma e adquire tato, olfato, audição, visão. Adquire voz e pensamento. Adquire corpo, pele e sentimento.
O Amor então deixa de ser apenas uma força que nos observa, para então agir em nós assim que meu lábio encosta no teu.
É como se o chão desabasse sem que eu sentisse, como se eu perdesse o ar e, se realmente eu o perdesse, talvez passasse dias e dias vagando com meu espírito na Terra até que um dia eu enfim perceba que há tempos morri.
Teu beijo é tão mágico que um Big Bang eclode dentro de mim cada vez que um beijo teu me domina, morrendo apenas para dar início a outro Big Bang ainda maior quando me beija de novo, e de novo, e de novo. E cada beijo teu é um novo Big Bang, como se um Universo inteiro explodisse dentro de mim.
Eis quem há de julgar que sou bobo, e que você é um simples ser como os outros. Entretanto, bato forte no peito e levo minha defesa para onde vou, pois bobo é aquele que não se permitiu sentir aquilo que agora eu sinto.
Bobo é a forma inocente que eles arranjam para dizer “tenho inveja de você”.
Bobo é quem não acredita em Amor, como bobo um dia fui.
Mas eis que você apareceu, e me mostrou que o Amor existe, e que meu coração pode sim ser preenchido por algo mais que carne e sangue.
E que amar é algo infinitamente bom, tão bom como se carne e sangue fossem as coisas mais banais que um coração pode ter!
Sim, eu amo… Eu te amo.